Como a primeira fase leva à segunda, que a continua, assim a segunda leva à terceira. A primeira fase era positiva para o indivíduo, mas negativa diante da Lei. A segunda fase é negativa para o indivíduo, mas positiva diante da Lei. Não basta receber uma lição, é preciso também absorvê-la; não basta obter resultados; é preciso também assimilá-los e fixá-los na própria personalidade, transformando-os nas suas qualidades adquiridas.Chegamos assim à terceira fase. O seu conteúdo não é mais um trabalho de correção de trajetórias e de correção do erro em condições de choque, mas é de confirmação da posição correta, conseguida no final da segunda fase. Na terceira fase, cumpre-se o processo da trajetória correta para experimentar-lhe as vantagens e assim confirmar-se na sua verdade. Para ensinar que este é o melhor caminho, é preciso que aos sofrimentos passados acrescentem-se os bons resultados atuais. Assim, a função da terceira fase é a de confirmar definitivamente um dado campo de experiências, a posição de erro corrigido e de lição aprendida. Trata-se de construir-se conquistando o conhecimento. A dura lição da segunda fase dissuadirá o indivíduo de repetir os erros da primeira, e a lição da terceira lhe fará ver as vantagens do viver segundo a Lei. Agora, ele poderá ter uma vida de paz e alegria, na qual fará a experiência da ordem e de suas vantagens, vivendo segundo a Lei. Assim, gradualmente se progride no caminho da evolução nas suas zonas mais altas, a moral e espiritual. Partindo da nova posição conseguida, ele poderá iniciar um outro ciclo do mesmo tipo, mas num outro setor mais avançado, ainda não explorado, e assim por diante, reconstruindo-se e avançando no conhecimento sempre em direção ao S (Deus).A vida é um processo de experimentação que, através da técnica edificante das provações, tende a reconduzir o ser à consciência e conhecimento da Lei. Na vida encontramos indivíduos que estão situados na primeira fase; outros na segunda, outros na terceira. Explica-se, desse modo, suas diferentes condições. Podem haver destinos mistos, de passagem, em que encontramos as características de duas fases sucessivas. O indivíduo pode então ficar em poder de dois destinos diversos, o que morre e o que nasce; pode até acontecer que uma fase domine várias vidas. É difícil encontrar uma só das três posições em estado puro, senhora exclusiva do campo. É freqüente a necessidade de repetir a segunda fase corretiva, por ter persistido no erro, sem querer entender. A série desses ciclos de recuperação é tão longa quanto o caminho da evolução, e tão vasta quanto todas as qualidades do indivíduo. Mas o esquema do ciclo com a sua técnica permanece e se repete em cada caso. Dada a multiplicidade das pessoas e de suas diversas posições, encontramos na Terra um emaranhamento de destinos que, embora não se misturem, se tocam, se influenciam, se entrelaçam e podem combinar-se entre si. Deste modo involuído e evoluído se atraem reciprocamente. Cada um dos dois tem necessidade do outro para cumprir sua experiência. Na realidade, a verdade que poucos vêem é que o carrasco que experimenta a primeira fase, prepara para si mesmo uma vida de expiação corretiva numa segunda fase, em que ele pagará, tornando-se vítima. E a vítima, que viveu a segunda fase, prepara para si uma vida de redenção na terceira fase, onde será compensada pelo que sofreu. Todos, sem o saber ou querer, trabalham juntos, ajudando-se mutuamente. Podemos então ter uma série de destinos, que têm entre si uma conexão, ligados em órbitas coordenadas, a fim de realizar o mesmo trabalho. Nessa massa de destinos encontramos o do pecador, o do penitente, o do redimido.

 

Deste modo, passa-se da ignorância ao conhecimento, do engano à verdade, da falsa alegria à verdadeira, da desordem à ordem, percorrendo todo o ciclo nos seus três momentos: erro, expiação, redenção.

                                                                                                  

                                                                           Do livro " A Técnica Funcional da Lei de Deus" - cap 06